quarta-feira, 30 de maio de 2012

Histórias contadas





Eu lembro que observava sempre da janela da sala de estar, mais ou menos no começo da madrugada a porta da frente da casa era aberta, ele  apertado por uma fresta adentrava para casa, ela sorria baixinho. Quando ele apertava ela com um abraço recheado de saudade sentia o coração dela quase pulando pra fora pela boca coberta de beijos com gosto de morango, pois bem de agora em diante o que contarei é exatamente como aquelas lendas antigas ditas pelos nossos avós para nos por medo, nunca se sabe se é verdade, pois eu estava observando da porta pra fora!

"O quarto era pequeno, tinha uma janela de dois lados que abrindo formava quatro lados, a cama era de solteiro, mas estava ótima até pra eles dois que eram "casal", a porta fazia um barulho estranho ao ser aberta ou fechada, mas quando ela era fechada era como embarcar em uma viajem magica, aquela porta parecia ate mesmo um passagem secreta vista nos extraordinários castelos medievais, acho que a paixão dele por portas deve ser por isso. As roupas eram arrancadas do corpo com rapidez, mas a forma como se abraçavam e beijavam-se era delicada, derrepentemente deparavam-se com o quarto revirado, exalavam amor por todos os lados, eu até mesmo da sala de estar sentia aquele cheiro forte de outono e folhas caindo pelo chão. O relógio rodava rápido, afinal todos sabemos que o tempo é um bom inimigo das grandes paixões, eram tantos sorrisos loucos em silêncio para não acordar o resto do bairro, inventavam varias daquelas brincadeiras de casal bobo apaixonado que até mesmo eu sabendo disso iria lembrar-me por vários e vários anos, imagina só eles. A madrugada se passava no decorrer de um curto prazo pra quem realmente quer amar, mas eles multiplicavam o tempo... Era muita vida sendo gasta naqueles instantes, mas do nada como todos os dias amanheceu, era a hora de voltar pra casa, ele abria a passagem secreta e derrepentemente estavam de volta ao cretino mundo real..."


Ainda me lembro dessa historia que aconteceu a muito tempo.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Precisa do escuro pra brilhar



Se olharam por alguns segundo e nunca mais se viram, mas todas as noites em seus sonhos e presagios as suas almas se encontravam e dançavam em um ritmo fantasticos, onde os cabelos voavam pela neblina da noite e o corpo se enxarcava de felicidade.  Era uma realidade ficticia e um desejo incontrolavel que o outro consumisse o que era próprio, o que era seu, então toma conta satisfação do que não foi escrito pra ser entendido, mas pra ser apreciado como gosto do morango ou amado como o vinho do porto secando o paladar em uma mistura de deleitos pareçidos com os tais desgostos do agosto inesperado!

Ai ai, agosto do desgosto que existe em mim, quer saber eles não vêem mais, não sabem enxergar os desamores, tudo que enxergam a frente é um encontro inesperado em um doce setembro saboroso como chocolate de panela, feito em casa!

Todas as noites os mesmo sonhos, tão intensos que de forma cordial foram trocados pela realidade, então graças a deus, a realidade não existe mais, pois o amor não se vê, o amor de verdade não se enxerga, ele cala e faz silêncio em um escuro constante, doce amor que quanto mais escuro mais se sente brilhar!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Não era nada !



Ela não sabia do que sentia necessidade, e disfarçava o que incomodava seus dias com palavras jogadas nos cantos da folha, resmungava a ditadura de seus pensamentos e a revolta da sua razão, por isso quis ir pra longe, bem longe de tudo, principalmente do que não quer mais ver!
Pois tudo merecia a atenção de seus intervalos, menos ela, logo ela que tava ali o tempo todo, menos ela.
O desejo de agradar seus sentimentos acabou com a ideia de que ela amava de modo incondicional porque o amor não foi visto pelos olhos do lobo, mas a pobre menina sem querer acabou comendo a maça envenenada, e morreu... Ela nunca mais acordou, do sonho, porque ser um humano não é um bom recurso as vezes, o silencio vale mais!

Volta até lá um dia como se tudo fosse nada.

vertigem



"Pensaram eles que iam passar o resto da vida juntos, imaginaram envelhecer juntos e assim foi, foram poucos anos, mas foi tempo demais!
Abraçaram-se forte no frio intenso dos invernos com metros e metros de neve pela estrada que ligava a pequena cidade ao vale onde moravam, o vinho era o companheiro de todas as noites, não para se embriagar, mas para embriagar os corpos que dançavam no meio da sala agora quente pelo fogo que saia da lareira e o sangue rápido que corria nas veias dilaceradas de desejo de cada um.
Era uma vontade de estar perto muito forte, era muita intensidade, era muito amor!"

Então ela acordou, olhou em volta e percebeu que não era nada do que havia sonhado, todo aquele amor era uma mentira e aquele ciúme todo era um capricho da mente dela, todo o cuidado e a dor que sentia da saudade constante era hipocrisia do seu coração solitário, ela pediu perdão pela sua falta de lucidez e desejou não amar nunca mais!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O tal do amor !


Eu vou sentir saudades dela, mas pensando bem não preciso amar tanto assim, é exatamente como me falaram o amor é uma coisa inventada a muitos anos pela industria do cinema, a midia musical, até as floriculturas estavam envolvidas nisso, imagine só!
Não tem o que escrever, fale sobre amor, fale sobre os arrepios da pele causados pela respiração da pessoa amada, descreva o momento exato do extase amoroso, a sei lá fale sobre a rotina dos beijos e abraças dados na porta do colegio ou do trabalho dia a dia, é tão fácil falar de amor, o dificil é alguem ler!
Ah mude o cabelo, pinte de vermelho, esculte musicas tristes, faça o que quiser, mas não deixe de falar sobre essa tal invenção que é o amor, dê um elogio a ela como o sagrado bom dia de todos os dias, beije como se fosse o ultimo,compre um livro qualquer e presentei ela em uma tarde qualquer com um buquê de flores vermelhas mandadas no trabalho, sinta vontade de chegar em casa rapido e dispensar a falta de pouco mais de oito horas sem se verem!

É eu vou sentir saudades do beijo do olhinho(coisa que só nós entendemos - rs), mas um dia passa, eu sei porque eu já passei dispercebida fugindo da casa dela nas madrugadas banhadas de sorrisos e gosto de danoninho, rs!

Onde colocar tanta saudade?

Vai rebeldia se acostumar com essa tal de saudade pra vê como é bom. Pior ainda que mesmo se dá mal, entra na moda e usa e abusa do tal do amor!


terça-feira, 22 de maio de 2012

Toda noite na boemia





Eu disse a ela, meu amor ignore o meu intelecto eu não sou uma pessoa culta, conheço pouco do Vinícios de Morais,aquele que adentrava a porta a dentro do coração de uma mulher num "Apelo" perguntando bêbado "aonde anda você", quando botava a cabeça pra fora da janela ele perguntava pela "luz dos olhos dela" se saber enganar ela, que "pra sempre irá te amar".
Mal esculto aquelas musiquinhas depressivas do Chico Buarque o tal homem da "valsinha" no meio da praça e dos "olhos nos olhos", do "samba pra um grande amor", aquele que dizia em alto e bom tom,da loucura que sentia quando aquele amor que ardia beijava a  boca da menina do menino, e falava sem tréguas do bem que um fazia e o outro retribua, por enquanto sem mais.
Tem também aquele outro lá um individuo antigo chamado Noel Rosa que insistia em perguntar  "com que roupa" ele ia que sua conduta iria mudar botando no meio do samba a força bruta, na agente reparava sua delicadeza no pedido da "Fita amarela" que até no caixão quis botar!
Mas o que eu não conheço mesmo é um boêmio que andava de chapéu bonito e calça de linho, sentia falta do pai na mesa de bandolim, não me lembro bem mas alguém me disse que as idas de bar em bar era pra esquecer daquela mulher que um dia bailando a meia noite um pedido a ele ressaltou, dizendo "Fica comigo essa noite" e o boêmio recusou, aquela mesma mulher que não chamou de flor, foi a "rosa que lhe falou", enfim "Nego" esse homem das noites conhecer dos sambas e dos botequins!
Vindo de anos pra cá meu amor não me conheces mais, afinal quem diria que conhecendo-me bem como sou admitiria que eu não ia ficar pra trás ?
E pra finalizar ainda tem um tal de Cartola que agora sim não me falha a memoria, lembro ser o melhor no meio desses tais!
Eu queria mesmo era os butecos das periferias das capitais, onde o samba se mistura com a gafieira e ninguém sabe mais, se sou malandro ou sou sambista... Queria eu viver, naqueles dias e noites de boemia e paz!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eu vou lembrar




Eu vou me lembrar sempre dela ao amanheçer, aquele jeito de olhar que me encantou e depois pobre de mim fiquei vendo o mesmo olhar direcionado a outro alguém, enloqueçi, pirei, deu um medo tão grande que quase me quebra os ossos daquela febre toda, estive pensando como foi bom, a confusão da cama por entre os cobertores, um uísque no inicio da manhã e um cigarro antes, o cabelo bagunçado que a pressa de amar amarrotou, até agora se esculta o barulho dos beijos no meio do corredor frio esquentado pelo calor que vinha da lareira, calor tal não mais quente que o do nosso sangue correndo rapido na onda do tal desejo!
Aquela casa pacata nunca mais foi a mesma desde que ela foi embora,  pergunto a mim mesma em cada amanheçer, onde ela está? cadê a música alta? cadê o meu café mal feito na cama que só eu amando muito posso ter o prazer de comer e me deliciar? 
Ainda lembro inclusive daquela pressa ao abrir a porta e espalhar as roupas pela casa na madrugada do sábado, as doses de vodka e a fumaça do nargilé,  como eu lembro!
Eu vou lembrar até do ciúme que sentia das poucas roupas que constumava usar pra me tirar a paciência e o juízo daquele jeito como dançava de tal forma, que me desculpe meu camarada ela ainda faz até hoje!
Não vou esqueçer, eu não quero, eu não preciso, eu posso superar ver-lá com outros olhos, mas eu preciso dela aqui, diante dos meus olhos, embora nada seja mais como antes, porque agora tudo á de ser como tem que ser!

Aquele abraço...


Eu nunca menti sobre isso, nunca menti sobre nada, aquele instinto humano que me afastou de você hoje me deixa em dúvida e com medo de não ter tempo de passar a noite engolindo suas palavras e aliviando a dor da saudade me consumindo da sua presença, eu quero tempo amor, eu quero um tempo pra pode te ver acordando todos os dias, quero tempo pra poder te ver dormir e te abraçar no meio da madrugada por medo de um pessadelo ...!
Eu quero ouvir nossas músicas preferidas e me acabar de rir com suas bobagens nas tardes de domingo no descanço da rede, eu quero escrever uma canção pra você tocar no seu violão pequeno, eu quero tanta coisa que nunca sei porque.
Entendo que jamais terei você outra vez, entendo que a força que me liga a você não me libera pra um conheçimento maior com relação a outro alguem.
Mas eu não aceito que você tenha me deixado livre assim, até onde tenho que ir pra que isso lhe seja notado?

Ai ai, como minha capacidade de entendimento foi ocultada agora diante isso tudo meu anjo!

Por enquanto pode ser um abraço apertado,e boas palavras ao pé do ouvido, por hora isso já me é surficiente!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Do alto da torre




Então depois da noite em claro e da xícara de chá ao amanheçer,cheguei a seguinte conclussão "os fortes são aqueles que não se cansam de esperar".

Era tão difícil lidar com a idéia de ter perdido, pois é hoje ainda continua sendo, a questão é desistir ou continuar sem saber até quando se pode aguentar manter os pulsos intactos?

A forma como cada qual se vê em cada situação miseravel que o destino nos proporciona é o que lhes garante mais um dia de profundas respirações por minuto, aquele cansaço no peito e a forma ingênua como vigiamos outro ser que nem sequer percebe sua presença vai aos poucos te transformando em algo tão desprezivel que nem sequer você mesmo aguenta...

Mas sabe moço isso vai de cada um, quantas mulheres não ficaram horas no porto esperando eles voltarem e hoje com a liberdade de uma loucura sem fim vagam por ai, pois é se fossem fortes ainda estariam esperando!

A minha vontade de viver é imensuravel mas eu admito em alto e bom tom: - Eu não sei lidar com a derrota!
Por isso que confundem minha vontade de não ver isso com o meu desejo de ter aquilo só pra mim, é simples como a canção de "ninar" quando criança, eu só quero o que posso ter e se não tenho que essa vontade de ir embora tome conta de mim e que eu vá o quanto antes, pois meu jovem a ansiedade mata, tira o ar as vezes, tapa a garganta, dá febre, faz o corpo se arrepiar, parece coisa de outro mundo, mas como você diz moço, é aquela coisa né, não sabemos dos piores ou melhor qual o vício, a qualidade ou o defeito que da suporte a cada um de nós.

Então que seja da seguinte forma, não chore ao ver o cisne sozinho na lagoa, ele já quis tua atenção, e você nem percebeu que ele estava ali,o cisne se acustuma sempre com a solidão, assim como o poeta!

Que não sejamos eternos, porém lembrados!

quinta-feira, 10 de maio de 2012



Me sinto sufocada com tanta falta de tempo pra entregar palavras para o mundo, ninguém imagina como é, mas eu vou explicar mais ou menos é assim morrendo aos pouquinhos, e não é uma morte boa, não é aquela morte com luz no fim do túnel, era uma morte ruim, eu lembro que não tinha luz alguma, eu sentia muito medo, minhas poesias pressas dentro da cabeça, você pode nem imaginar como é morrer assim, eu queria surfar mas as ondas eram muito fortes, era como a seca no sertão, era desespero, nossa era  como viver sem nunca uma vez sequer na vida ter ouvido um disco em uma vitrola empoeirada estava triste como a namorada do soldado da guerra que recebeu a última carta a quase cinquenta anos atras e ainda assim espera pendurada na janela a volta do "falecido" ...  Estão vendo, era uma morte muito feia!
Mas felizmente ganhei de presente uma caneta azul anil e algumas folhas quase amarelas recicladas, a tinta coloriu o papel já usado e tudo voltou a ser como era antes, tinha tudo que mais queria, até um arco-iris eu vi!
Um dia eu estava muito triste, então me aconselharam fazer algo que eu gosto muito e que me deixa melhor, que consegue suprir minhas faltas e que me devorasse de felicidade, algo bem simples que pode ate nem ser notado aos olhos de muitos mas que seja percebido aos olhos de quem merece... Foi ali que comecei a escrever contos !

terça-feira, 8 de maio de 2012

#apontapraféerema

Como é difícil a ideia de te ver longe, eu quase fugindo no barquinho de papel, meu Deus vou deixar-lá pra tras, como dói essa dor inevitavel dentro do peito no ôco do mundo!
Pra onde vai agora minhas idas e vindas de no maximo quatro dias de saudade? Pra onde levo a mochila rasgada vazia e cheia de sonhos no fim do dia? Ai ai, como é difícil limpar o vidro da janela e não te ver chegando, ou esquçer a TV ligada sabendo que no outro dia tudo ainda vai estar igual!
Pra onde vamos quando o mês começar?

Não se tem explicação, tudo acaba por fim, sem uma resposta, sem fogo nem água... Acaba assim!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Andei pensando ...

De verdade eu preferia não ter vivido mta coisa, porque não tenho força suficiente pra esqueçer, nem mesmo as coisas ruins me fazem mal, porque a falta e a necessidade de quem se amou é tão grande que nada pode substituir nem tão pouco tomar o lugar !

quinta-feira, 3 de maio de 2012

(...)


Um dia ela vai querer saber...
Então os dois vão perceber, que palavras só valem apena quando ditas bonitas e bem coolocadas, assim como no inicio de tudo !