segunda-feira, 28 de maio de 2012

vertigem



"Pensaram eles que iam passar o resto da vida juntos, imaginaram envelhecer juntos e assim foi, foram poucos anos, mas foi tempo demais!
Abraçaram-se forte no frio intenso dos invernos com metros e metros de neve pela estrada que ligava a pequena cidade ao vale onde moravam, o vinho era o companheiro de todas as noites, não para se embriagar, mas para embriagar os corpos que dançavam no meio da sala agora quente pelo fogo que saia da lareira e o sangue rápido que corria nas veias dilaceradas de desejo de cada um.
Era uma vontade de estar perto muito forte, era muita intensidade, era muito amor!"

Então ela acordou, olhou em volta e percebeu que não era nada do que havia sonhado, todo aquele amor era uma mentira e aquele ciúme todo era um capricho da mente dela, todo o cuidado e a dor que sentia da saudade constante era hipocrisia do seu coração solitário, ela pediu perdão pela sua falta de lucidez e desejou não amar nunca mais!

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