quarta-feira, 31 de agosto de 2011

... O poeta.


Pela manhã ao acordar contemplava o nascer do sol na companhia de uma gigantesca xícara de leite com canela em pó, apos isso retirava sua veste branca e relaxava por alguns minutos em sua banheira de água quente.
Enxugava-se com sua toalha alva, vestias as mesmas vestes de sempre, quadriculadas, listradas ou xadrez, cafonas... Calçava suas sapatilhas fechadas para novos passos e suas meias aconchegantes, ironicamente sentia inveja dos chinelos jogados no canto da sala, pois cada qual com seu par!
Então com seus passos arrastados saiu pela casa vazia e empoeirada, pisou na rua deserta e foi a pracinha mais próxima jogar dama com os velhinhos que tinha quase uma década a mais que eu.
Depois voltava para casa e dormia um sono de quase uma hora depois do almoço solitário.
Ao entardecer se locomovia a um lago que havia no quintal de casa, lago esse que lembrava um certo lugar antes visitado em boa companhia, sentava lá e ali ficava até anoitecer, admirando um vistoso cisne branco que sempre estava sozinho por lá,observava tamanha tristeza e sonhava em ser a melhor companhia para o cisne tão branco,tão dolorosamente visto, porém, mas uma vez voltava eu ao meu habitat natural, antes passava no bar da esquina onde tomava 3 bons drinks sempre, ouvia Cartola,Elis e Nelson... Por fim regressando para casa, abria devagar a porta que sempre tocava a mesma sinfonia.
Então olhava as velhas fotos nostálgicas de sempre, ligava a vitrola,sentindo cada nota morrer em seus dedos,sentava na poltrona da sala em frente a lareira tomava quase 4 doses de vodka e ali mesmo dormia na sua imensa solidão e extinção de desejos e toques, havendo assim agora apenas lembranças e saudades na cabeça já embriagada!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cotidiano




Não conhecia os caminhos, mesmo assim fui em frente!
Não sabia dos perigos, mesmo assim quis enfrenta-los!
Não busquei a solidão, mesmo assim ela me fez morada!

Tanta coisa eu não quis, não busquei, e agora está aqui comigo.
Tantas vezes eu chorei no canto da sala e depois sai correndo pelo corredor, tantas músicas me emocionaram e depois esqueci como se diz a melodia.

Tanta gente me adicionou, e tantos outros tiraram de mim minha própria solidão.

Volto a viver em realidade, acordei abri os olhos e senti o teu cheiro aqui, senti aquele amor miserável que eu tanto idolatro, ah "meu bem" tantas vezes sofri por tais palavras injustas que escultei... Não escrevo com coerência assim como não amo também.

Tenho noção do que sinto, amo por pura vontade com toda licença da palavra: "Meu amor".

Fui embora, busquei, consegui, segurei a onda, e não irei desistir agora, te terei aqui sempre meu amor, com nossas promessas e nossas brigas mal resolvidas, com nossas idas e vindas e nosso pouco tempo, pouco tempo pra te abraçar...

- Sabia que eu senti saudades! ;)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

The opposite of verse.


Os ouvidos ficam em silencio extremo,
enquanto a boca se cala num silencio supremo,
os cheiros não se manifestam mas nem em cores sequer,
o telefone cai da mão desfalecida sob o chão frio
molhados em prantos do coração vazio...

Mergulho os desejos oprimidos,
em um mar de calma sem falta de cílios.
Os olhos mostram-me o caminho,
marcado por uma tarja de espinhos.

Na face o brilho do desejo de sonhar cada vez mais,
na cor da pele aquele branco disposto a despalecer ainda hoje!
Pede-me pra ficar,segura-me pelo braço
e com aquele olho apertado me faz sonhar.

O sorriso aberto, cheio de sonhos
me mostra o coração da fonte de brilho...
a fonte de brilho que me faz desejar!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

No fim da noite.




Eu vi esse amor chegando com uma voz tão doce que atraia borboletas, e pra ser sincero amigo eu tive medo, sabia que iria me apaixonar, sabia que ela não queria viver isso, mas como boa libriana fui em frente!

Quando nos vimos pela primeira vez minhas pernas tremeram, meu coração acelerou, e ela me sorriu com um ar de "- até que fim". Mas sabia que eu queria ter pensado " - até que fim... o começo."
Nunca vou esquecer isso, tinha musica alta, vodka e paixão ali. Ela era dona da meiguice, dona dos olhares, dos desejos, ela era dona até de mim!
Então eu passei a aprender denovo a ter aquelas ataque-carias que agente tem quando o desconhecido chega perto. A luz crepuscular iluminava os olhos dela que me matava de alegria,passei a cada dia sonhar com uma vida diferente da que perdi na esquina passada.
As coisas se intensificaram e eu esperava ansiosa a cada noite o telefone tocando, e sorria quando escultava a voz dela distante quase não ouvindo mais.
Aprendi que não se deve cobrar, nem ter medo, nem chorar, nem sentir demasiada agonia amorosa, aprendi que ela pode sim um dia sentir isso, mas sei que agora ela quer ser feliz e eu deixo, contando que seja perto de mim, olhando reto aos meus olhas, nem nariz empinado demais nem cabeça pra baixo, retilinho aos olhos, olho no olho morena!

Eu sei que nada vai te tirar de mim, pois o físico agente pode ter de quem quisermos, mais o pensamento com a cabeça no travesseiro no fim da noite, ah isso sim amor, ninguém pode controlar!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

[In]Reversivel



Tire essa armadura enferrujada do seu peito, pois um dia "paixão" precisara de alguém pra amar!

O bom disso tudo é exatamente o aprendizado, é como lidamos com a situação, o bom mesmo é chorar e sorrir, eu sabia que ia ser assim, eu falei pra você que eu ia sofrer de novo, mas como você sabe eu não tenho medo de me arriscar e tudo que cai em mim consegue ficar por um longo tempo, bem sei que não devo fazer esse drama ou gritar pro mundo inteiro, mas eu grito, eu tenho o poder da palavra, sei da falta que sente dentro de você, sei daquela falta que nunca quer suprir,sei da necessidade de viver tudo isso devagar, entendo que ainda ama e que quer deixar isso intacto dentro de você, tive medo, senti frio e calor, chorei pelos mesmo cantos que sorri, lembro da minha cara amassada no espelho do banheiro, eu lembro de tudo... mas você não lembra dos sonhos, da minha sinceridade, nem sequer sabe da minha realização em te ter aqui!

Fico em casa protegida pela parede correndo o risco de viver tudo denovo apenas olhando pela fresta da janela, o cigarro jogado no chão, o abraço no cheiro, então por você hora de virar o disco, eu viro mas nunca deixo a música acabar, sabe amor, a música me embala de espaço em espaço, de sonho em sonho.

O meu amor é um amor brevemente curto, gostoso, que entedia de tanta atenção...

Leve menina, leve o melhor de você pra quem quer que seja!

terça-feira, 2 de agosto de 2011





Venha, com pressa, entre na minha casa correndo me abraça no corredor ainda com a roupa de dormir, me beija com o gosto da maior saudade, me olha com o olhinho brilhando de desejo e a culpa da felicidade, deixa com que batam na porta até acabar o resto do mundo la fora,faz com que eu supra sua falta de apego, eu posso, eu sou capaz de te amar assim como nunca antes, eu sei que "Jamais" irei te abandonar, sinto essa força...

Agora o amor cala em silencio de paixão a casa vazia, e eu acordo num breve desespero procurando em toda parte a parte que mais me faz falta...

Café e cigarros, mais um dia daqueles que temos que suportar a falta das assas do anjo... É as vezes dar medo de voar sozinha!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Secret




Cara como eu odeio tanto a segunda-feira,é muito vago,sonolento parece que ta matando morrendo sei lá, como se fosse um câncer se espalhando pelo corpo contaminando cada célula já tornando-se podre,até mesmo uma arvore centenária desmoronando pode parecer uma folha caindo no chão,então agente odeia,odeia o dia,as horas, ai pra completar tudo as pessoas não padecem por você,elas estilhaçam seu coração e quebra todinho cada partícula.

Mas sabe tem um lugar que eu particularmente gosto até mesmo nas segundas-feira e posso ir lá sempre,sozinha.
Tem grama,uma cachoeira linda,o vento e bastante frio, algumas flores, uma arvore grande que esculpi a letra da Flor do sobre-nome de mesma letra que o poeta , economizando tempo fazendo só em um os dois.
Quando me dói demais as coisas chamo o anjo me abraço forte em suas assas e ele me leva até lá, me faz companhia e me olha com os olhos apertados de tanta saudade!

Quando a segunda de Agosto me martiliza só me resta fugir, sonhar, deitar nas assas do anjo é voltar quando puder!