terça-feira, 29 de novembro de 2011

‎"Em certos dias só é preciso ter fé."


Não preciso que me ame nem que me odeie, só preciso que me agradeça por conseguir ser tão inútil ao ponto de chegar a te amar assim, bem mais que a mim, que a mim mesma!

"Aonde Deus possa me ouvir" ... isso mesmo, aonde só ele possa me ouvir contar um segredo ao pé da orelha, e eu chegando em um balão esgotado de ar possa suspirar de ante mão nos teus pés, e beijar sua mão com o beijo mais puro e suave que possa ter em toda a vida!

Obrigada! só isso.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

silêncio #


A fumaça entrava pelo corredor e se desfazia igualmente as minhas palavras ditas (malditas), eu não precisava de nada mais, NADA!

Sempre bom sentir esse silencio em casa, o silencio mata e ressuscita qualquer bem querer, qualquer anjo mal projetado dentro da mente.
O lounge era o espaço do poeta, onde ele sem ritmo cantava a canção da vida e com dom recitava os poemas do viver, em toda parte estavam os quadros coloridos feitos ao pulsar de um coração nada auto-suficiente, eu aqui agora no canto vejo do outro lado outro canto que me fez lembrar dela ao primeiro raio de luz do dia...

Eu... Ela... nós!

Nós entrelaçados na mentira de viver que buscava sem pena o voo da abelha sem mel, em vão menina, viva, ame(mesmo sem amar), chore, mais nada... mais nada por mim!

Por fim a vitrola a tocar e o chiado dela se confunde com o do meu chinelo no chão frio do corredor longo e sem palavras, cheio, cheio de silencio!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

#verdades.


A noite acabou logo, o dia não demorou muito pra chegar e eu estava lá sem os olhos pesarem ainda.
Não sei direito, mas lembro de me consumir de samba e bossa nova, estava rodeada de filmes e quadros, as luzes da casa não apagavam nunca, mas o dia já havia chegado!
Eu tinha medo, eu ainda amava como antes, eu ainda sentia sua falta, eu ainda chorava, meu silencio gritava alto dentro de mim, tava triste demais pra tentar continuar vivendo... saiba amor, eu ainda sei mentir, eu minto agora!

Escultava os primeiros ventos de novembro e sua voz triste do outro lado do celular que suplicava pra que eu precisasse de você, eu perto demais dos meus sentidos obscuros clareava a ideia de te enganar com minhas lagrimas sofridas, afirmando-te assim: - Eu te amo, não me deixe, me abrace, respire perto de mim, enrole seu corpo no meu mais uma vez e denovo, denovo amor.

Eu estava mentindo para você, eu não preciso de você, eu preciso de mim, preciso me conheçer, saber quem eu sou, deixando de ser...

Eu sei mentir bem querida!

- Olhe veja isso... a fumaça do cigarro, a fotografia dos nossos últimos dias, veja amor, tudo se acaba no ar desse mundo, até minhas palavras morrem, eu estou morrendo e você também, ela está te matando, a minha mentira vai te matar cada vez mais, ela te mata sempre que peço, eu posso te matar assim, a sua vida está nas minhas mãos, eu posso fechar a mão com força e matar tudo que nunca viveu, e posso abrir a mão deixando com que esse amor escape de mim como água corrente do rio, eu posso tudo, eu não preciso de nada, nem de você!

Eu sei mentir bem, lembre-se sempre disso.

Eu vou comprar um castelo e você não ira colocar os pés lá, nem os olhos, vou construir com as pedras que você desperdiçou jogando em mim, quão engraçado esse amor é, quão puro, quão podre, isso mesmo, "podre", o castelo é meu, a montanha é minha, é você tambem, ela não é capaz de te tirar de mim, porque ela coração não sabe mentir...

Eu sei mentir.