domingo, 19 de outubro de 2014

Dar-se ao luxo e ao capricho de amar causa danos irreversíveis e incontáveis, tais como o próprio de não acostumar-se mais a andar sozinho.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Vazia demais, até esborrar !

Já faz algum tempo que não venho aqui, nem com meias palavras, nem poucas, nem palavra alguma! A justificativa mais bem elaborada pra isso é que tudo me foge das pontas dos dedos,antes era como abrir uma gaveta e encontrar por lá tudo que eu precisava, agora não existe nada, a verdade é que a gaveta está vazia. Tenho tido que contornar as poucas marcas faciais com sal demais, sabe como é né aquela água salgada!? Pois bem, de nada tem me adiantado o que tenho presenciado ao meu viver. Ouvi dizer algumas vezes que viver é um oficio, uma arte, um prazer, mas eu não entendo. Suponho que o que atrapalhe seja a necessidade teimosa do outro, não nos acostumamos com nós mesmo porque não nos suportamos, não somos o suficiente pra nos mesmo(ou pra nós dois) porque não se contenta com o que já se tem. Acho também que a culpa ainda é minha, a culpa de não haver nada na gaveta é toda minha, porque fui eu que na verdade não coloquei nada lá. Não se pode colocar na gaveta nossa o que não é nosso, não se pode procurar na nossa gaveta o que nunca foi depositado la, o que pus na minha gaveta foram ânsias, foram desejos meus, por isso que não encontro nada lá, agente se acostuma com o que é nosso, agente nem percebe que tem aquilo com o passar do tempo, e o que tem agora dentro da minha gaveta foi o que eu mesma coloquei lá. Ninguém nunca vai encher sua gaveta até bagunçar, as vezes é de achar graça uma gaveta bagunçada demais, mas só quando sabemos mexer na nossa própria bagunça.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Você sabe tanto o quanto eu que escrevo seu moço "leitor", que o amigo poeta precisa de estar sozinho em silencio ou talvez em música tanto o quanto você que ta na descanço do samba, amigo ele precisa disso pra viajar em vida do inconcisente pra ir lá a qual quer lugar que você não vai... Ah você sabe tanto o quanto eu que ele pode ir a qualquer lugar que você nem eu vamos, ele vai amigo, em um banco de jardim ou vestido de pirata... Ele vai, meu caro,barato, de louco varrido ou nem tão sóbrio quando nós!

Surreal

Áh quantas vezes desejei um melhor amigo cantor, ou melhor trovador, ou talvez fotografo ou melhor compositor, ou navegador ou pirata... Ou conhecedor dos mares e talvez da vida, da minha, da sua ou de qualquer um, amante, amado, compositor, ouvinte da música boa ou inventada, do amor, serio ou de mentira... Mas que sentisse de verdade o gosto do fim de tudo e soubesse de uma certa forma reinventar... como eu me reinventando em você, seja Drummond ou Freudiano, em qualquer espaço que reinvente uma vida ou invente uma sequer sem inventar! Um lar na arvore ou algo inesperado assim como eu fui com você. como somos tanto e quanto até agora,amor!

quinta-feira, 13 de março de 2014

O pouco mais que resta.

A verdade é que não somos aceitos nem de um jeito nem de outro, temos de aprender a lidar com nos mesmos, temos de conhecer nossos limites, precisamos saborear cada sentimento, cada dor, cada perda, cada ferida, precisamos aprender a nos recriarmos e reinventarmos todos os dias, em cada hora, em cada hoje! A aceitação não tem que vim do outro, somos o que somos, independente dele ou não. O que de fato nos machuca é não saber lidar com a oscilação de desejos de poder. Poder inadequado muitas vezes! Temos dores que nunca passam, sentimentos pressos que a qualquer momento explode como um vulcão, aquele vulcão que rapidamente lastra o chão com larvas queimantes e indesejáveis. O que temos que aprender é que o que vem de nos volta a nós, seja lá o que for, onde houver um "tico" de desconfiança de lealdade certamente existe uma fresta de coisa errada ali, como alguém que olha pela porta entre aberta sem coragem de abri-lá totalmente ou de ficar sem olhar pelo pequeno espaço o que tem la fora. O curioso é que sabemos o mal que é viver assim, no limite na corda bamba entre a vontade de ser algo e a falta de coragem de não faze-ló(de não fala-ló). Aceite o prazer de saborear cada gota de verdade e presentei alguém com isso!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A nosso favor.

O tempo pode mostrar tudo que a alegria momentânea esconde. Vivemos em um palco, somos marionetes de uma demorada peça de teatro, somos obrigados a enxergar o que não queremos ver. Vivemos em uma gigantesca oscilação de sentimento, onde os sonhos são esquecidos e nos acomodamos a viver como nos é imposto. Pagamos muitas vezes por erros que não cometemos. Os outros fingem se incomodar com o que nos faz mal, eles fingem tentar curar nossas feridas internas, mas na verdade nada importa, nunca importa, temos que aprender a nos proteger, só nos podemos nos proteger. É preciso controlar o vai e vem de sentimentos, precisamos de tempo pra isso, precisamos saber a conviver também com o que nos decepciona, que aquilo que nos maltrata, não deve ser fácil ter de engolir algumas palavras as vezes, mas tem de ser assim. A sinceridade não existe onde existe a vontade de viver algo compartilhado, onde existe a vontade de ser diferente em situações diferente, precisamos ser um só, sempre em qualquer que seja o momento. Use o tempo a seu favor, deixe com que ele te dê as respostas, respeite o tempo, saiba aprimorar as horas.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

(...)

Eu te vi passar por mim e senti tudo aquilo, exatamente tudo o que eu tinha pra sentir,eu não senti nada, absolutamente nada. Eu ia seguindo pro castelo quando te vi passar, a velocidade era tanta, mas eu ainda consegui te reconhecer, o mais inacreditável foi o meu enjoo ao te ver, foi incrédulo o jeito como percebi ter caído na real. Passar por alguém assim sem virar o rosto de lado pode sim ser perigoso demais, mais dai te olhar e te ver sorrindo vulgarmente pra mim com toda certeza pode ser mais perigoso ainda.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Realmente na sinceridade dos sentimentos há dias dos quais precisamos nos esbaldar de "nós" mesmos, sim precisamos da nossa cabeça bagunçada do coração feliz, do sorriso largo, das músicas, das fotografias, da saudade, precisamos de cada gesto de mim, é de você. Precisamos um do outro como se fossemos "nós", nó, amarrado, enlaçado, literalmente pressos, um no outro. Ah, aquela necessidade de olhar no olho e termos um tempo só pra gente, onde a maldade do mundo não entra, onde o egoísmo não abstrai. O relógio é chato, demorado demais. Hora idolatrando o tempo realmente, hora fazendo hora pra ele acabar.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O ciclo.

Primeiro agente procura em cada um algo parecido com o que gostávamos na pessoa,algo que fizesse lembrar, algo que nos fizesse sorrir até com os cabelos, agente queria algo que o coração disparasse até mesmo sabendo que era um cover, uma imitação de qualquer artista barato e banal muito pior que aqueles que eram obrigados pela vó a tocar no coral da igreja a todo custo. Agente perde muito tempo assim, sabemos que nunca nada será como foi. Mas sabe, quando percebemos que o valor era pouco, era nada, dá enjoo qualquer lembrança, qualquer remota fotografia no meio da bagunça, até as músicas preferidas perdem a preferencia, até os lugares frequentados e o modo de vida como se vivia precisa ser mudado. Então agente precisa de novos livros, novas milhares de palavras, novos velhos filmes, agente precisa de um perfume novo, de uma caso nova, de uma nova fruta favorita, agente precisa de roupas novas porque a roupa favorita não presta mais, precisamos plantar uma arvore nova pois aquela que sentávamos em baixo pra passar as tardes morreu, precisamos olhar por uma nova janela ao amanhecer do dia, precisamos mudar o gosto do cigarro, a bebida favorita, trocar o violão pela guitarra... Enfim. Muita coisa precisa ser feita, faça tudo que tiver que fazer, mas faça tudo devagarinho, toda mudança que é rápida demais na verdade não muda o ser completamente.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Agridoce

Um certo dia o derrotado quis estar no lugar do vencedor, aquele que ele observava ser idolatrado, ser amado, ser invejado. Ele só não sabia que o sentimento de vazio era o mesmo, que tudo seria mesma coisa. Pilotava o avião de guerra enquanto explodia bombas por todos os lados, voava baixinho, quase que tocando nos arranhas céu. Chegava ate a ver os estilhaços do vidro dos prédios pelo chão... Cortava e dilacerava corações a todo segundo; Mas o que ele não sabia era que contudo jamais seria o mesmo. E de fato nunca mais foi. Como o antigo derrotado, queria nunca ter ganhado, nunca ter que estar do outro lado e sentir uma dor diferente do que a que costumara sentir,ele não precisava de mais uma dor, estava tudo bem, tranquilo, a situação de derrota já havia se estabilizado, ele não precisava sentir um gosto diferente, ele não precisava do amargo da vitoria.