sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não preciso mais.


Será que eu terei que roubar o ladrão, ou matar o assassino, ou botar pra correr todos os carros desse engarrafamento? Será que terei que pagar por todas as dividas inclusive as dos pagões? Será que o homem que roubou o amor terá que devolve-lo a alguém? Será que o combustível da beleza pode ser o sonho do imaturo? Terei eu então que inventar agora outra escrita com minhas mãos rápidas não deixando as palavras fugirem assim de mim?

Não sei, me afugento em minhas mazelas, em minhas dores de solidão, mais quer mesmo saber? minhas palavras me são todas suficientes, a necessidade que tenho de me expressar indica a mim mesma que nada posso enfim, a rede que me agarra nesse dia gelado me liberta dos dias de fogo que vivi ao lado do cão bravo, não tento nunca entender o poeta, ele jamais me dira a palavra certa no momento certo ou no dia adequado!

Então as perguntas me indicam o caminho a seguir, então os velhos amigos me chamam como o ninho chama o passaro, quero que me tragam a bebida mais forte, o amor mais amigo, o desejo mais demorado e a paixão mais quente, se não puderem me dar o que peço fujam de mim, a minha necessidade de viver não pode ser contida assim por vocês com tantas certezas!

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