quarta-feira, 16 de junho de 2010

O sangue corria tão depressa que aquecia o corpo que antes gelava, não conseguia raciocinar nem saber o que sentia direito, os pensamentos que passavam voando pela minha mente sempre sincronizados ia ao mesmo lugar...
Enquanto vc se divertia eu arrastava meu tempo olhando pela fresta da janela, que obtinha uma luzinha longe, quase que apagando, de repente... APAGOU! Cintilava em mim agora o orgulho, a dor... Eu tinha você como um capricho, era como água escorrendo pelas mãos, eu tinha a água nas mãos, mais ela escorria, cada vez mais. O corpo aquecido pelo sangue quente se manterá isento as mudanças de humor do mundo lá fora, era assim q eu ansiava ficar por muito tempo, escondida, pensando... Pois eu fiquei, pela fresta da janela... Olhando!
A parte de dentro do quarto ja não me bastava mais, você não sabia, mais por todos os fluxos, por todos os cantinhos de parede, existia uma parte sua, o seu sorriso parecido falso, mentiroso, suas fotos, seus olhos que não paravam de me olhar como que me vigiando, você vivia a me comer com os olhos, aquele aspecto como você falava como apanhava o copo de bebida, como mordia a comida, como movimentava o cabelo, aquele jeitinho afetuoso como se inclinava pra me ouvir, o modo como escrevia seus poemas, ate o jeito como costumava ler... Estava tudo ali, em cada cor, em cada passo, em cada cheiro, tudo, tudo era você diante de mim.
Não podia te apreciar mais, então fiquei o resto do meu tempo de costas pra você, olhando pela fresta da janela... Não adiantou, retardou tudo, tudo voltava a ser como novamente.
O telefone não tocava, desigual ao meu espírito que a todo momento pulsava ligeiro,rápido,veloz...
Já era fim de tarde, eu já não sei pq continuava lá, acho que esperava você surgi, você me ligar, sei lá algum fato, mais eu sabia que eu só acreditava... Eu sabia que vc não chegaria. O pior de tudo, eh q eu sabia.

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