sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O ciclo.

Primeiro agente procura em cada um algo parecido com o que gostávamos na pessoa,algo que fizesse lembrar, algo que nos fizesse sorrir até com os cabelos, agente queria algo que o coração disparasse até mesmo sabendo que era um cover, uma imitação de qualquer artista barato e banal muito pior que aqueles que eram obrigados pela vó a tocar no coral da igreja a todo custo. Agente perde muito tempo assim, sabemos que nunca nada será como foi. Mas sabe, quando percebemos que o valor era pouco, era nada, dá enjoo qualquer lembrança, qualquer remota fotografia no meio da bagunça, até as músicas preferidas perdem a preferencia, até os lugares frequentados e o modo de vida como se vivia precisa ser mudado. Então agente precisa de novos livros, novas milhares de palavras, novos velhos filmes, agente precisa de um perfume novo, de uma caso nova, de uma nova fruta favorita, agente precisa de roupas novas porque a roupa favorita não presta mais, precisamos plantar uma arvore nova pois aquela que sentávamos em baixo pra passar as tardes morreu, precisamos olhar por uma nova janela ao amanhecer do dia, precisamos mudar o gosto do cigarro, a bebida favorita, trocar o violão pela guitarra... Enfim. Muita coisa precisa ser feita, faça tudo que tiver que fazer, mas faça tudo devagarinho, toda mudança que é rápida demais na verdade não muda o ser completamente.

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