terça-feira, 13 de setembro de 2011

A cura


Um homem tinha uma doença que com o tempo acabou por consumir todo o seu corpo, começou pelo seus olhos,depois tomou conta da sua mente, das suas lembranças, depois tomou conta de todo o tempo dos seus dias...
Então essa doença se induziu no seu jeito de pensar, de andar,de se vestir e nos lugares que frequentava com as pessoas que andava!
Ela tinha cheiro próprio, tinha um calor de quase quebrar os ossos, trincava os seus dentes de ódio, fazia tremer as pernas bambas, turvava a visão, era uma mazela muito cruel!
As vezes o coração acelerava até quase sair da boca, mas tinha um outro lado também, já que o fim era muito próximo e ele sentia certas sensações de alegria e felicidade aguda, enxergava mais beleza em certas coisas e dava mais valor a certas outras.
Com o tempo perdeu grandes amigos, fez outros melhores, e passou a viver de outras formas...
Mas aquele homem sabia que poderia vencer aquela doença tão calorosa se quisesse, era só se afastar, não ouvir, não ligar,respirar novos ares, e talvez ate morrer de saudade mas nunca de amor!
Assim ele fez,inventou novas prioridades para que seu tempo pudesse ser demasiadamente preenchido, adquiriu hábitos solitários para refletir sobre o passado tirado e o rastro que ficou de todo aquele tempo de rimas pobres e sentimentos jamais correspondidos.
Ele desistiu de tudo, da sua vida de rei, foi morar em uma casa com poucos moveis, muita poeira, quintal e casa na arvore, dese modo conseguiu enxergar e ouvir da própria doença que aquela só morava em seu subconsciente, que não haverá de temer pois deus dava o frio conforme o cobertor ou o fogo da lareira.

Eu aprendi com esse homem que deve se prevenir de certas doenças com o coração vazio e a mente sanã pois barulho demais atrapalha e silencio demais incomoda, assim como sentimento demais embriaga e dá resseca!

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