terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Agora tô assim.


Eu aqui no canto do quarto sentada no escuro ouvindo apenas o silêncio que vem como um turbilhão de pensamentos até mim lembro-me então da minha infância feliz que tanto me consumiu, que tanto me degradou de felicidade. Eu lembro-me do cheiro de chuva na terra quente, eu lembro-me dos abraços inesperados da minha mãe, eu sempre lembro-me das vezes que me pai me salvou das quedas de bicicleta, lembro da ansiedade que tinha de crescer e aproveitar tudo que gente grande fazia, eu me lembro bem da suavidade dos dedos da minha avó ao passar as mãos sobre os meus cabelos, agora aqui no escuro desse quarto minha solidão so encherga uma dor forte que nunca passa, não entendo bem ela, não sei se doi ou se queima meu ar tirando-me o fôlego. Eu tenho raiva de admitir a pessoa fraca pela qual me deixei ser, me doi deixar as lágrimas sairem assim sem tanto motivo, um simples fato que me fez ficar assim,um telefonema, uma voz do outro lado que não era a sua. Eu ainda me pergunto se alguém que separa duas pessoas que se amam não conseguindo abrir mão de um único capricho pode amar tanto assim alguém, eu ainda me pergunto qual foi a mentira que te fez acreditar que o meu amor não era verdadeiro, eu agora me pergunto quantas lágrimas vão cair até eu perceber que eu nunca tive alguém de verdade, eu agora me pergunto se morrer pode doer mais do que isso! Então agora que nada pode ser feito eu prefiro de verdade morrer cada dia um pouco mais, bem mais, ao ter que ver você assim tão bem, eu prefiro agora ficar aqui no canto do quarto, ao ter que me acustumar com meus medos infantis, eu prefiro perder o contato com todo mundo ao ter que sorrir de mentira, eu prefiro beber aquela vodka forte todos os dias ao ter que olhar no quarto e ver suas fotos me rodeando, eu prefiro me sufocar com a fumaça do cigarro ao ter que me sufocar com sua falta, eu prefiro que não me analisem , que não me leiam, que não me veja, pra não saber o que é sofrer, o que é chorar! Eu prefiro não escolher mais os caminhos ao ter que te ver passar.

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