quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sem dúvidas


Tinha um clarão que vinha do teto, assim como o que entrava no quarto quando a porta era aberta. A luz pequena do sol refletia o rosto dela, que brilhava cada vez mais em direção a mim, eu me embreagava nos seus sorrisos,viajava com sua voz doce pertinho do meu ouvido, era tudo tão real(era real)...
Nunca se passou pela minha cabeça o quanto era importante pra mim aquela necessidade de gosto, de cheiro, de desejos... Enquanto tudo ia se intensificando de forma agradavel e veloz você me olhava de uma forma tão forte que chegava a enchergar minha propria alma se assim fosse sua vontade, era o envolvimento mais complexo que já havia passado em toda a minha vida, cheguei a sentir o gosto do amor, pois até o seu próprio suor tinha gosto de desejo, de amor, eu sentia como se pudesse morrer longe de você em um dia qualquer. O corpo já sentia uma nostalgia imensa na saudade que me batia apenas na distância de um milimetro sequer, enquanto passava a mão sobre seu rosto e olhava ficço para ela, as sensações de desejo faziam morder a lingua na falta de textura, quais quer que fossem as horas lá fora, não me interessava saber, quais quer que fossem as pessoas que entrariam pela aquela porta quarto a dentro também não me importava, eu tinha em meus braços o que mais quis ter(quem mais quis ter)!

Por fim o desejo fazia a boca secar, a pedido dela não contarei mais detalhes daquele momento que me mostrou um sonho real abaixo do meu próprio nariz, o nosso amor brilhou mais naquele escuro por entre a fumaça do cigarro, por sobre as bebidas espalhadas pelo chão.

O poeta agora marcado pelo sonho realizado sofre com a ausência do amor, o amor que tanto amou! Mas o sonho continua, ele segue pela estrada a cada segunda-feira, chegando em casa houve a música preferida, sendo assim a boca volta a secar ... a saudade do beijo volta a marcar !

Então não houve dúvidas eramos um do outro como ninguém nunca conseguiu ser....

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