quinta-feira, 24 de novembro de 2011

silêncio #


A fumaça entrava pelo corredor e se desfazia igualmente as minhas palavras ditas (malditas), eu não precisava de nada mais, NADA!

Sempre bom sentir esse silencio em casa, o silencio mata e ressuscita qualquer bem querer, qualquer anjo mal projetado dentro da mente.
O lounge era o espaço do poeta, onde ele sem ritmo cantava a canção da vida e com dom recitava os poemas do viver, em toda parte estavam os quadros coloridos feitos ao pulsar de um coração nada auto-suficiente, eu aqui agora no canto vejo do outro lado outro canto que me fez lembrar dela ao primeiro raio de luz do dia...

Eu... Ela... nós!

Nós entrelaçados na mentira de viver que buscava sem pena o voo da abelha sem mel, em vão menina, viva, ame(mesmo sem amar), chore, mais nada... mais nada por mim!

Por fim a vitrola a tocar e o chiado dela se confunde com o do meu chinelo no chão frio do corredor longo e sem palavras, cheio, cheio de silencio!

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