terça-feira, 3 de agosto de 2010

Exatamento o necessario .


Corri pra longe tão rápido o quanto voltei pra abraça-ló ! Ricardo e eu tinhamos uma relação estavel, duradoura,era como se nada pudesse caber entre nós,como se nada pudesse entrar no nosso meio além da nossa propria respiração. Até que certa vez quando eu menos esperei tudo começou a se desfazer de uma forma tão inevitavel, ele fingia rir das bobagens que antes eram tão necessarias, desde então o comportamento do semtimento que nos envolvia passou a andar a uns 3 metros de cada um de nós. Como já era de se imaginar o que sobrou foi apenas cinzas do que antes queimava de uma maneira quase que sem fim. Apos esse termino tragico da historia quase perfeita que muitos abençoaram e outros tantos tontos machucaram com mentiras absurdase tão completas que quase que perfeitas, procurei em qualquer lugar qualquer esqueçer o gosto dos sonhos devastados que eu e Ricardo carregamos conosco desde o dia tumultuado em que nos conheçemos, passei a beber cada vez mais, tanto que o efeito já não era mais colateral servia apenas como modo de aterriçagem do avião que estava há tempos no comando de um louco desvairado piloto automatico. Quando pensei ter botado tudo a perder apareçeu alguem que em apenas uma semana já ganhara de vez o lugar do afeto vago que Ricardo havia deixado em mim. Ele era inteligente, culto, bonito, educado, cheio de adjetivos complexos, gostava de café com leite, de chocolate, sempre durmia mais do que devia, e por fim pra acabar com a perfeição de Ricardo, Charles tambem era poeta e odiava numeros. A frente de Charles logo se via que seria facil deixar Ricardo para traz; Eu sempre admirei muito os vilões até me envolver com um! Charles era discreto, porem tinha muitos amigos em todas as partes e de ambos os tipos, quando ele falava as palavras tinham um balanço quase que no ritmo de uma bossa nova eu diria, não é que Ricardo não fosse interessante apenas tinha perdido o encanto por aquele olhar malandro que vinha me convencer a toda hora,era como um desses aparelhos eletronicos de ultima geração que jamais terá o valor de uma vitrola velha de som rouco e chiadinhos ao fundo da melodia. É impossivel comparar os dois eram tão opostos que me provou o quanto o diferente me atraia cada vez mais, até a aparência física deles me surpreendia quão era diferentes. Eu até gostava do nome "Charles" mas preferia o sobrenome do Ricardo, acho que ele soava melhor ao meu sotaque pobre de rima. Enquanto Ricardo deixa de ser meu quase tudo Charles não tava nem perto de ser meu quase nada. Mas eu tentei, juro que tentei durante mais tempo do que deveria apunhalar o coração de Charles com um sentimento tão maior do que o que me foi dado por Ricardo; Mas Charles por dor do antigo amor ou pura maldade se esquivava de mim tirando o direito de saber o que realemnte é amar de verdade, pra não aflingir o sentido do sofrimento dele nem confundi-ló me afastei sem um abraço sequer. O quanto Ricardo chora até agora pelos cantos escurosa dor de me deixar passar assim tão fácil pelos seus olhos teimosos e grandes, bem abaixo do seu nariz. Tudo isso em fim pareçe triste, mais pra se chegar a algum lugar é preciso exatamente isso, viver o que nos machuca, e segundo Charles "errar é aprender não só o suficiente mais o necessario com cada erro, com cada instante em que se vive algo mais intenso do que a propria coragem de viver".

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