quinta-feira, 15 de julho de 2010

17#23#28


Eu vim rasgando o mundo de ansiedade por viver, só sabe eu mesma os traumas que carrego dentro dessa caixinha já quase acabada pelos ventos, pelo frio, pelo calor, pelos próprios sonhos. -Você nunca sabe quando chega a pessoa certa - Disseram-me certa vez, mas engano dela, a pessoa certa nunca chega porque ela não existe, engano seu garota. Eu imploro por um pouco de compaixão quando se trata dos desejos sórdidos. Tenho uma música que embala minha vida, não é a minha preferida mais eu gosto de ouvi-lá de vez em sempre, a nostalgia perpetua no mundo indigno de esperança em que vivo, procuro eu agora então não mais de forma jamais precisar ter uma filosofia lógica de vida, quando eu não sei do que se trata eu investigo, quando descubro oculto o mundo de diferenças, se torna agora de um jeito tão difícil encontrar alguém como eu mesma não sabendo eu mesma me classificar.
Vivo apenas por viver, mas de forma tão intensa que as vezes me pergunto mesmo se já não se passaram 50 anos após o dia 17, entre o dia 23 antes do dia 28. Incompreensão essa é a palavra certa pra quem vive errando ou observando o erro alheio, eu já não erro mais, já presencie erros demais nesse mundo, ele não precisa da minha ajuda, não mais!
Era uma tarde vazia, cheia de pessoas vazias, tinha no banco do meu lado um velho senhor talvez com uns 80 e poucos anos aparentemente, ele observava cada passo de todas as pessoas que caminhasse por lá embora fosse rápido ou devagar, ele apenas observava com seus pés visivelmente cansados. tudo era tão rápido passando por sua vida afim de que fosse mais devagar as horas, os 5 minutos antes de acordar, era a reposição da vida perante seus olhos. Agora entendo o que se deve saber sobre viver, se deve saber que ouvindo música ou estudando, cantando ou dançando, vivendo ou lembrando, de noite ou de dia, se deve caminhar rápido ou até mesmo como o pobre velho agora caminha... Devagar.
Depois que se vive tudo não passa de tédio, de horror, de pena por não ter vivido mais, então o amor entra no meio, dos olhos descem lagrimas o olhar se fez chorar, que pena que o amor entrou acho ele tão desnecessário que só se pode usar uma vez, ele se fere com qualquer coisa, basta um sopro ao pé do ouvido, pronto, acabou matou, você assassino matou o amor. Eu gosto mesmo é dos vilões pra ser sincera, mais assim não, o amor "é de chorar e foi feito pra rir".
Voltei a lembrar do velho, cabelos brancos, agora triste, mas na verdade eu bem sei que ele viveu, e viveu muito, só não lembro se vi que viveu mais do que eu, isso é o que se da pobre velho que antes quando ainda nem era velho acho de acreditar e optar pelo amor.

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